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A Proteção das Florestas pelos Engenheiros Ambientais

No dia 17 de julho é comemorado o Dia do Protetor das Florestas, culturalmente essa data está ligada ao personagem do folclore brasileiro o Curupira, mas você sabia que o engenheiro ambiental também atua protegendo as florestas e seus remanescentes?


O engenheiro ambiental mestre e especialista em geoprocessamento Rafael Luiz Diodo da Rosa, sócio e RT da MOR Gestão Ambiental e Florestal, destaca que o profissional de engenharia ambiental tem papel importante na proteção das florestas. Principalmente em nosso estado, detentor do maior remanescente da Mata Atlântica do País

O Engenheiro Ambiental, após estender suas atribuições junto ao CREA, através da apresentação de grade curricular compatível e/ou especialização, pode atuar na delimitação das áreas de floresta, utilizando-se de ferramentas ligadas a geotecnologias.

A delimitação realizada pelo Engenheiro Ambiental, vinculada a sua qualificação, elaborada por um profissional habilitado, contribui significativamente na gestão da propriedade, seja ela rural ou urbana.

Os órgãos federais possuem vários serviços de controle e administração de informações fundiárias e ambientais como:

  • Cadastro Nacional de Imóveis Rurais – CNIR (INCRA/RFB)
  • Cadastro de Imóveis Rurais – CAFIR (RFB)
  • Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – DITR (RFB)
  • Ato Declaratório Ambiental – ADA (IBAMA)
  • Declaração para Cadastro Rural – DCR (INCRA) 
  • Sistema de Gestão Fundiária – SIGEF – (INCRA)
  • Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR (INCRA)
  • Cadastro Ambiental Rural – CAR (MMA)
Os profissionais de engenharia ambiental podem atuar na coleta e tratamento de dados gráficos e não gráficos (alfanuméricos), georreferenciados, afim de alimentar esses sistemas de forma consistente e, principalmente, com informações coesas entre os cadastros.

Como o CAR, por exemplo, que tem a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais referentes ao uso do solo, áreas com restrição de uso, mas principalmente no que diz respeito a remanescentes de florestas e demais formas de vegetação nativa, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.


O engenheiro ambiental Julián Segura trabalha na Prefeitura da Bogotá na Colômbia, e atua com o monitoramento de biodiversidade na principal estrutura ecológica (EEP) da cidade.Segundo Julián, “Nas áreas urbanas protegidas é onde grande parte da biodiversidade é encontrada, pois oferecem heterogeneidade e complexidade de habitats às espécies que vivem dentro de uma matriz transformada”. Por esse motivo, o monitoramento é uma etapa fundamental na conservação da biodiversidade.


O trabalho desse engenheiro ambiental consiste em identificar e consolidar um inventário de aves, mamíferos, anfíbios e répteis presentes na EEP em Bogotá. Além disso, suas atividades abrangem a avaliação dos efeitos da fragmentação do ecossistema e a proposição de medidas de prevenção e mitigação para o gerenciamento de áreas protegidas.




Junio da Silva Luiz é engenheiro ambiental e Mestre em ciências ambientais, e possui experiência do estudo da relação das nascentes e os ecossistemas dependentes de águas subterrâneas. A expansão da agropecuária e da urbanização acarretaram modificações no ciclo da água, além disso a extração intensificada de água subterrânea afetam diretamente ecossistemas dependentes e suas expressões.






Imaginem que certo grupo de árvores, quem possuem raízes não profundas, agora já não conseguem acessar um deu seus recursos essenciais, a água. Isso coloca em risco toda a capacidade de existências de determinadas espécies. Sabemos que existem espécies mais dependes de águas subterrâneas que outras, a dificuldade é identificar as espécies mais dependentes, e quantificar qual é o limite de tolerância destas espécies, e atribuir valores máximos de uso das águas subterrâneas que não as afetem.


Para Junio, o engenheiro ambiental é preparado para ter uma visão sistêmica dos diversos impactos causados pelas ações humanas nos diferentes ecossistemas. E no caso específico das florestas, consegue atuar conjuntamente com outros profissionais da área, como engenheiros florestais e biólogos, e fazer a integração dos estudos nos diferentes meios, solo, recursos hídricos, recursos florestais, e assim propor ações e políticas públicas eficientes para minimizar danos em um sistema de relações complexas.



Uma das áreas de atuação da engenheira ambiental Paula Fernanda é a meliponicultura, a criação de abelhas. As ASF – abelhas nativas sem ferrão (meliponíneos) são os responsáveis polinizadores mais importantes para a preservação das florestas. Deste modo, a polinização consiste em um serviço ecossistêmico de regulação prestado pelas abelhas nativas, processo natural pelo qual os ecossistemas e as espécies que os compõem sustentam e beneficiam as populações humanas, por meio da preservação da rica biodiversidade das florestas, e também na produção de alimentos, como os frutos.

As abelhas nativas, também conhecidas como abelhas indígenas (presentes no ambiente natural brasileiro desde sempre) vivem muito bem adaptadas à vegetação local de cada região, e assim sendo, as muitas árvores da floresta servem de subsistência paras elas. Considerando que a principal função do profissional de Engenharia Ambiental consiste no desenvolvimento de técnicas para a preservação e conservação do meio ambiente equilibrado, tendo em vista a promoção do desenvolvimento sustentável (ambiental, econômico e social), o trabalho direto e indireto com as abelhas nativas sem ferrão mostra-se mais uma alternativa de atuação profissional da Engenharia Ambiental. (EMBRAPA, 2008; FAPESP, 2014).



Ciência e a Engenharia Ambiental


Hoje, dia 8 de julho, são comemorados o Dia Nacional da Ciência e o Dia Nacional do Pesquisador.


Todo engenheiro tem um pouco de cientista. Do ponto de vista teórico, a ciência é a busca por conhecimento, baseada em regras básicas para desenvolver experiências na produção, correção ou aperfeiçoamento de conceitos e saberes.


O engenheiro utiliza-se de métodos de invenção e da sua criatividade e inteligência para aplicar a ciência na busca de soluções de problemas. Na engenharia ambiental não é diferente. A constante busca por otimização e melhorias para solução de problemas relacionados à promoção da qualidade ambiental e da qualidade de vida da população é uma forma de aplicar ciência.


O conhecimento fundamentado em ciência relaciona-se a qualquer forma de informação ou dado que possui uma premissa testada, examinada e validada por meio de métodos experimentais que reforcem sua veracidade. A ciência vem para complementar ou contrapor o senso comum. É pertinente defender o pensamento crítico, a racionalidade e a ciência da qualidade, para que, não só no âmbito ambiental, a prestação de serviços pela engenharia possua maior qualidade e seja acessível para a população.


Toda a pesquisa desenvolvida por profissionais dentro das universidades, laboratórios, empresas, entre outros, deve ser aplicada, com o apoio das esferas público e privada, para promover o avanço em áreas como saneamento básico, energia, prevenção a desastres e preparação para as mudanças climáticas, controle e monitoramento de poluentes e tantas outras vertentes de atuação do engenheiro ambiental. Na busca pelo desenvolvimento sustentável é essencial a união de ciência e engenharia ambiental.


A Associação Paranaense dos Engenheiros Ambientais – APEAM – reconhece, hoje mais do que nunca, a importância da ciência para o desenvolvimento do país e gostaria de parabenizar os inúmeros profissionais da engenharia ambiental e sanitária que atuam como cientistas e pesquisadores. Profissionais que contribuem para o avanço do conhecimento científico sobre o mundo onde vivemos e para a formulação de soluções que resultem em melhoria na qualidade da vida humana e ambiental.


Destacamos aqui, alguns profissionais que vêm realizando pesquisas em gestão de recursos hídricos, monitoramento ambiental, tratamento de água para abastecimento e  gerenciamento de resíduos sólidos. É importante ressaltar que as pesquisas científicas dependem de parceria e colaboração entre instituições, recursos e muita dedicação! As descobertas são resultado do trabalho de equipe e de um compromisso conjunto em conduzir pesquisas de forma ética e participativa.

 

O engenheiro ambiental Alessandro Bertolino, professor na PUC-PR, realiza pesquisas na linha de gestão de águas pluviais urbanas em cidades sensíveis à água.


Os objetivos de sua pesquisa são a integração da gestão do ciclo da água com o ambiente construído por meio de planejamento e desenho urbano. O estudo abrange todos os elementos do ciclo hidrológico e suas interconexões, que devem ser considerados concomitantemente para alcançar um sistema de drenagem que sustente um ambiente natural saudável e atenda às necessidades humanas.


Considera-se que a análise do ciclo hidrológico deve estar presente desde o início e ao longo dos processos de planejamento e projeto. Isto inclui a gestão de: demanda por abastecimento de água; águas residuais e poluição; precipitação e escoamento superficial; cursos de água; e controle alagamentos e inundações.



 

A engenheira ambiental Larissa de Almeida realiza pesquisas na linha de tratamento de água de abastecimento e águas residuárias.


O uso de água salgada ou salobra para abastecimento depende do processo de osmose reversa. Porém, este processo (assim como qualquer outro) gera um resíduo, chamado de concentrado. O problema desse concentrado é o seu lançamento em recursos hídricos, como mares e oceanos, com alto teor de SDT (sedimentos dissolvidos totais) e metais pesados. Quando lançados sem nenhum tratamento, prejudicam a vida aquática ali presente.


O projeto utiliza uma planta dotada de valor econômico como tratamento desse concentrado, trata-se de uma técnica de fitorremediação utilizando eucalipto (E. dunnii). A planta tem a capacidade de absorver os sais e os metais do meio líquido, e em seguida pode ser transplantada para o solo e gerar fonte de renda após 7 anos (tempo de corte da madeira do eucalipto).

 



O engenheiro ambiental, Thiago Edwiges, professor e pesquisador na UTFPR, atua em pesquisas de produção de energia renovável a partir do biogás gerado pelo tratamento de resíduos sólidos orgânicos.


O projeto tem como objetivo identificar fontes potenciais de resíduos orgânicos no perímetro urbano e rural para o tratamento por digestão anaeróbia. A partir dos tipos de resíduos identificados, as amostras são caracterizadas por meio de composição macromolecular e o potencial máximo de produção é determinado em diversas configurações de reatores em regime de batelada e semi-contínuo.


Além disso, são investigados ainda a composição do biogás em termos de CO2 e CH4 e as características do efluente gerado ao final do processo para ser aproveitado como biofertilizante. A equipe que conduz essa linha de pesquisa conta com alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado e com parcerias de universidades da Espanha, Dinamarca e Austrália.



 


A engenheira ambiental Heloise Garcia Knapik, professora no Departamento de Hidráulica e Saneamento da UFPR, realiza monitoramentos e avaliações da matéria orgânica e nutrientes na coluna d’água e em sedimentos de rios e reservatórios.

O projeto tem como principal contribuição a identificação da concentração, estabilidade e origem da matéria orgânica e nutrientes em rios e reservatórios. Nos estudos são coletadas amostras de água e sedimento em diferentes pontos, a fim de estudar a variabilidade espacial e temporal, a influência de fatores climáticos, alterações de uso e ocupação no solo e a influência de fatores como o transporte, a decomposição biológica, a assimilação, a fotodegração e a produtividade do sistema.


Na realização dos estudos são utilizadas diferentes técnicas laboratoriais, desde análises convencionais, tais como a determinação das frações de nitrogênio, fósforo e carbono, assim como análises de espectroscopia, a fim de avaliar a assinatura molecular de uma determinada substância.


Em conjunto com análises de indicadores biológicos, variáveis climáticas, dados da bacia, uso de solo, entre vários outros dados, a pesquisadora tem a possibilidade de entender os principais mecanismos envolvidos na dinâmica da matéria orgânica e nutrientes no ecossistema aquático, avaliar as alterações e evolução ao longo do tempo e assim propor medidas de gestão dos recursos hídricos e da bacia em questão.


Monitorar as variações da concentração de matéria orgânica e nutrientes, bem como o estado de equilíbrio ou interferência no ecossistema, é fundamental para avaliar processos naturais de ciclagem, transporte, assimilação e produção, bem como identificar alterações que indiquem alterações no meio aquático. Essas alterações podem resultar em problemas tais como a perda da qualidade da água e eutrofização acelerada, ocorrência de sabor e odor durante o tratamento de água, desequilíbrio no ecossistema, entre vários outros problemas. Quanto antes conhecermos o ambiente e suas interrelações, melhor poderemos agir para mitigar possíveis problemas e prolongar sua  sustentabilidade.

 


A engenheira ambiental Julia Bianek, residente técnica no Instituto Água e Terra, atualmente realiza projeto de pesquisa para a aplicação de curvas de permanência de qualidade da água como ferramenta de gestão de recursos hídricos. O intuito é elaborar um diagnóstico que dê suporte à tomada de decisões acerca do cumprimento e efetivação do enquadramento de corpos d’água em classes, e à resolução de conflitos pelo uso dos recursos hídricos.


A bacia hidrográfica do Alto Iguaçu contempla a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) que, por tratar-se de uma área que abrange centros industriais e encontrar-se densamente urbanizada, apresenta muitos rios com qualidade da água comprometida. Esse cenário propicia conflitos tanto em razão da incompatibilidade entre a qualidade e os usos pretendidos, quanto por eventual indisponibilidade para atuais e futuros usos.


O projeto de pesquisa propõe uma abordagem de avaliação da qualidade da água por meio de curvas de permanência de carga, que incorporam dados de qualidade e vazão. As curvas de permanência são curvas de frequência acumulada, cuja elaboração possibilita conhecer a amplitude e frequência de ocorrência de um determinado evento, quando ele é igualado ou superado.


Esse mesmo conceito vem sendo utilizado em uma abordagem qualitativa, para verificação de atendimento a padrões de qualidade, analisando quanto tempo determinado parâmetro atende aos limites estabelecidos pela Legislação. É possível analisar a aderência aos padrões de classe do rio nas diferentes condições hidrológicas (vazões altas ou baixas), em problemas sistemáticos ou específicos. Assim, a título exemplificativo, tem-se que o não atendimento em condições de baixa vazão sugere a existência de fontes pontuais de poluição, enquanto o não atendimento no trecho de alta vazão evidencia o potencial de poluição por fontes difusas.


Essa análise, além de trazer uma caracterização do comportamento da qualidade dos rios na bacia, mas também reflete grande interesse e utilidade para a gestão dos recursos hídricos, servindo como ferramenta de suporte à tomada de decisão para o órgão ambiental e para o Comitê das Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira. Ademais, oferece à comunidade técnica uma informação integrada de forma visual que permite interpretar a dinâmica da qualidade da água. Espera-se, ainda, obter resultados adicionais, como, por exemplo, o conhecimento da melhor distribuição espacial das estações de monitoramento  fluviométricas e de qualidade, para a criação de séries históricas mais robustas e consistentes.


Essa pesquisa é desenvolvida por meio de uma parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, da UFPR, com o Instituto Água e Terra, sob a orientação do Professor e Engenheiro Ambiental Michael Mannich da UFPR e a supervisão do Engenheiro Ambiental Bruno Tonel.




Este artigo foi elaborado a partir das contribuições dos engenheiros e engenheiras ambientais e pesquisadores citados no texto e que disponibilizaram as informações para a Associação Paranaense dos Engenheiros Ambientais com o objetivo de compartilhar e incentivar a prática profissional dos profissionais de engenharia ambiental.



Quer contribuir com a APEAM por meio de produção de conteúdo sobre sua prática profissional ou temas relacionados ao meio ambiente? Mande um email para apeampr@gmail.com!

APEAM esclarece dúvidas sobre o sistema CONFEA/CREA e as atribuições profissionais

O CREA-PR e as atribuições do Engenheiro Ambiental” foi o tema do bate-papo online organizado pela APEAM transmitido na semana passada no YouTube e Facebook. Se você perdeu ou quer rever o evento, a gravação está disponível nos perfis da APEAM em ambas as plataformas.

O bate papo contou com a participação dos Engenheiros Ambientais: Mariana Maranhão, gerente de fiscalização do CREA-PR; Bruno Tonel Otsuka, conselheiro do CREA-PR pela APEAM e Felipe Marcel Dalmas Kotwiski, conselheiro fiscal da ACSPEA (Associação Centro Sul Paranaense de Engenheiros Ambientais); e foi mediado pelos diretores da APEAM: Mariana Druszcz, Jessica Miranda e Luiz Guilherme Grein Vieira.

A Engenheira Ambiental e Gerente de Fiscalização do Crea/PR, Mariana Maranhão apresentou para os participantes sobre o propósito do Sistema Confea/Crea, a estrutura do Crea-PR, as funções e atuação do Conselho de Classe. Foram abordados com detalhes os procedimentos de fiscalização do Crea-PR, tipos de infrações, processos e forma de abordagem do Crea-PR no cumprimento com seu objetivo de combater o exercício ilegal e não ético da profissão.

Mariana destacou que uma das infrações mais comuns é a “execução de atividades estranhas”, quando um profissional com registo ativo no CREA PR assume responsabilidade por um serviço que não possui atribuição habilitada pelo sistema. Visando evitar este tipo de situação o CREA PR desenvolveu um novo sistema de preenchimento de ART, que permite a seleção somente de atividades vinculadas às atribuições da modalidade de engenharia de cada profissional.

Bruno Tonel Otsuka, representante da APEAM como Conselheiro do CREA-PR, apresentou aos ouvintes um embasamento legal da profissão de Engenharia Ambiental e como funciona a extensão de atribuição profissional.

Bruno explicou que cada curso cadastrado no Sistema é avaliado conforme projeto pedagógico, matriz curricular e ementas, habilitando no Sistema as atribuições iniciais. Contudo, devido à grande variedade das matrizes curriculares das graduações em Engenharia Ambiental, há casos em que cabe discussão sobre a permissão ou não de atribuição, sendo de responsabilidade da Câmara Especializada de Engenharia Civil (CEEC) – que contempla a Engenharia Ambiental – avaliar e deliberar sobre o caso. A extensão de atribuição deve ser fundamentada e encaminhada para análise da CEEC, que delibera a respeito. O conselheiro destacou ainda que para obter atribuições em outra modalidade da Engenharia é necessário curso strictu sensu (Mestrado ou Doutorado).

Encerrando as apresentações, o conselheiro da ACSPEA – Associação Centro Sul Paranaense dos Engenheiros Ambientais, Felipe Marcel Dalmas Kotwisk discorreu sobre o funcionamento do sistema de emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, acervo técnico profissional e atestado de capacidade técnica.

Felipe relatou que o novo sistema do Crea-PR facilita a emissão de ART, sendo possível preencher somente os campos com as atribuições que o profissional está habilitado no Sistema Confea/Crea. Os diversos tipos de ART e exemplos de possíveis infrações ou problemas que podem ocorrer na sua emissão foram assuntos abordados por Felipe para a finalização das apresentações.

Para finalizar o encontro, o ambiente foi aberto para perguntas aos mais de 800 participantes, que puderam interagir com os palestrantes. Se você perdeu o bate-papo o vídeo está disponível nas duas plataformas de transmissão. 

A ART fornece segurança para o profissional?

Sim, a ART limita as competências do profissional em determinado serviço. A ART também serve como contrato de prestação de serviço.

 

Atribuição para dimensionamento de estação de tratamento de efluentes?

É necessário solicitar extensão de atribuição para serviços de saneamento (Resolução 310/1986, água e esgoto)

 

PGRS não é exclusivo de engenheiro ambiental?

Não, outros profissionais possuem competência nesta área, Conforme matriz de competências para PGRS do CREA.

 

Divisão de atribuição de saneamento básico entre engenheiros ambientais e engenheiros civis?

A regulamentação da engenharia civil é fundamentada em lei federal, a qual define esta atribuição para engenheiro civil. A engenharia ambiental é parte da modalidade civil, sendo mais recente e ainda consolidando espaço.

 

Manual de fiscalização da Câmara Especializada de Engenharia Civil (CEEC)?

É um compilado das fiscalizações da câmara especializada, contendo a explicação da atividade e elencando quais profissionais podem realizar e quais são as atividades relacionadas. Disponíveis em: https://www.crea-pr.org.br/ws/manuais.

 

Engenheiros ambientais devem sair do CREA e estabelecer o próprio conselho?

O sistema CONFEA – CREA é o maior conselho de classe do país, sendo muito bem estruturado, o qual fornece uma série de vantagens. A profissão de engenharia ambiental é relativamente nova e devemos buscar expandir nosso espaço de atribuições dentro do sistema CONFEA CREA, por exemplo com revisão da Resolução 447.

 

Arborização urbana está nas atribuições de engenheiro ambiental?

Não, este tipo de serviço é da modalidade de agronomia. Para habilitar este tipo de serviço no sistema é necessário solicitar extensão de atribuição.

 

Quando um engenheiro ambiental deve trabalhar em conjunto com engenheiro civil?

Diversos projetos devem ser realizados por equipes multidisciplinares, no caso de engenheiro civil é comum participar com atividades de topografia, terraplanagem, projetos de drenagem, projetos implantação, projetos estruturais, execução de obra. Em outros casos é necessário a participação de geólogo, engenheiro florestal, biólogo, etc.

 

Padronização de atribuição dos engenheiros ambientais, com padronização de matrizes curriculares?

A padronização é de matrizes curriculares é de difícil implantação, devido à significativas diferenças regionais nas instituições de ensino. O CREA busca estabelecer um conteúdo mínimo, com atribuições básicas.

 

Atribuições da engenharia ambiental e sanitária, conforme denominação do MEC?

Existe a intenção de unificar a engenharia ambiental e engenharia sanitarista em uma única “engenharia ambiental e sanitária”, porém atualmente não é oficial. Neste caso o engenheiro ambiental e sanitário contém atribuições das resoluções 310 e 447.

 

Engenharia ambiental faz parte da modalidade civil?

Sim, conforme determinado por resolução do CONFEA.

 

Engenheiro ambiental pode ser responsável técnico por operação de aterro sanitário? Contemplando contenção de taludes?

Para operação de aterro existe a atribuição, porém para manejo taludes e construção do aterro não existe atribuição consolidada, sendo necessário extensão de atribuição ou trabalhar em conjunto com outro profissional.

 

Existem quantos profissionais ativos de engenharia ambiental no CREA PR?

Cerca de 2100 profissionais de engenharia ambiental e 300 engenheiros ambientais e sanitarista com registro ativo no CREA PR. Comparado com as outras engenharias, a engenharia ambiental é a 5 com mais profissionais.

 

Próximos passos para as atribuições de engenheiro ambiental?

Consolidar a categoria em gerenciamento de áreas contaminadas, recuperação de áreas degradadas, efluentes industriais, operação de equipamentos, monitoramento, entre outros. Para isto, é necessário maior representatividade no sistema CREA, aumentando o número de profissionais da área ambiental participando da câmara especializada de engenharia civil, maior número de profissionais formados com registro ativo no CREA e maior número de profissionais associados à entidade de classe.

 

Informações úteis:

Código de ética profissional do sistema CONFEA: Disponível em: https://www.confea.org.br/codigo-de-etica-2.

 

Verificar suas atribuições habilitadas no CREA PR: Acesse https://servicos.crea-pr.org.br/restrito/, na área restrita do profissional, na Aba ART, selecione “Consultas diversas” e sem seguida “Relação de atividades, obras e serviços para registro de ART”

 

A tabela de obras e serviços (TOS): Anexo da Deliberação CONP nº 5082/2018, disponível em: http://normativos.confea.org.br/downloads/anexo/1853-18.pdf

 

Conversão das atividades do antigo sistema de ART para o novo sistema: Ferramenta online do CREA, disponível em: https://www.crea-pr.org.br/ws/sistema-de-art-do-crea-pr/como-converter

 

Solicitar extensão de atribuições no CREA PR: Acesse https://servicos.crea-pr.org.br/restrito/, na área restrita do profissional, na Aba “Serviços” selecione “Formulário Online”, uma nova guia vai abrir. Na nova guia, selecione “Sou um profissional”, na nova Aba selecione “Atualização de dados profissionais / Títulos” e sem seguida “Extensão de atribuições”. Preencha o formulário, anexe os documentos e envie para análise. Os pedidos de extensão devem elencar as atividades profissionais desejadas (Conforme Tabela de obras e serviços).  É fundamental anexar ao pedido o diploma, histórico e ementa das disciplinas cursadas.

 

Matriz de competências para PGRS do CREA: Disponível em: https://www.crea-pr.org.br/ws/wp-content/uploads/2016/12/Matriz-de-Compet%C3%AAncias-para-Res%C3%ADduos-S%C3%B3lidos.pdf

 

Saiba como ser um associado APEAM e ajude a fortalecer a engenharia ambiental no Paraná

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Tire suas dúvidas sobre o sistema CREA e as atribuições do Profissional de Engenharia Ambiental

Dúvidas sobre o CREA e as atribuições do profissional de engenharia ambiental?

Uma das principais demandas que chegam à Associação dos Engenheiros Ambientais do Paraná (APEAM) refere-se às atribuições da nossa classe profissional, tanto em relação a dúvidas do que podemos e não podemos fazer perante o CREA, como pedidos de apoio em processos de reconhecimento de capacidade técnica para realizar trabalhos específicos.
 
Além disso, muitos engenheiros e engenheiras não conhecem bem o sistema CONFEA/CREA, como funciona a fiscalização profissional, para que servem ou como emitir a ART e o Acervo Técnico, entre outros.

A APEAM como entidade representativa dos engenheiros ambientais no estado do Paraná têm atuado junto ao CREA para conseguirmos mais oportunidades de atuação e simplificarmos os trâmites para que você possa exercer a profissão.
 
Pensando em todos esses assuntos e questões que chegam a APEAM iremos realizar um bate-papo para apresentar informações e tirar as suas dúvidas e de tantos outros profissionais.

Seja você estudante, recém formado ou profissional com anos de atuação, não perca essa oportunidade!

 

  Dia 25 de junho, quinta-feira, a partir das 19h no nosso Canal do YouTube! 

Os profissionais convidados para o bate-papo são:

• Mariana Maranhão, Diretora de Fiscalização do CREA-PR;
• Bruno Tonel Otsuka, Conselheiro na Câmara Especializada de Eng. Civil indicado pela APEAM;

• Felipe Marcel Kotwiski, engenheiro ambiental com ampla experiência em consultoria ambiental e diretor da ACPEA.
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Mesmo que não possa participar ativamente em uma de nossas gerências ou em ações promovidas pela APEAM, como o bate-papo sobre o CREA e atribuições profissionais, sua contribuição e conexão fortalecerá nossa atuação como entidade de classe.

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Gestão 2020 – 2022

ORGANOGRAMA

Diretoria executiva


  • Luiz Guilherme Grein Vieira – Presidente
  • Jéssica Miranda de Paulo – Vice-presidente
  • Vanessa Tres – Secretária
  • Maira Caires Aquino – Vice-secretária
  • Ian de Lima Ribeiro – Tesoureiro
  • Mariana Druszcz – Vice-tesoureira

Gerência Acadêmica


  • Vitória de Oliveira
  • Lisandra Kaminski
  • Luciana Müller
  • Marcelo Zawarzki Bueno
  • Altair Rosa

Gerência Técnica


  • Luiza Scarpim
  • Bruno Tonel Otsuka
  • Rafael Luiz Diogo da Rosa
  • Luiz Felipe Pankievicz
  • Thiago Schuba
  • Cassio Fernando Foquessatto

Gerência de Comunicação


  • Wislaine Bonfim
  • Deise Ingrid Schneiders
  • Paula Fernanda Gonçalves
  • Guilherme Miola de Castro

Gerência de Eventos


  • Vitória de Oliveira
  • Luciana Müller
  • Paula Fernanda Gonçalves
  • Arlan Scortegagna
  • Charles Santos

Gerência Jurídica


  • Amélia Bortoli
  • Igor Rayzel
  • Marcelo Lentini Ribas

Gerência de Projetos


  • Deise Ingrid Schneiders
  • Luiz Felipe Pankievicz
  • Gabriella Valentim

Gerência de Planejamento


  • Daniele de Souza
  • Juliano Melo
  • Anadia Cattarin

Gerência de Relações Institucionais


  • Helder Rafael Nocko
  • João Gomes
  • Charles dos Santos
  • Juliano Melo
  • Wislaine Bonfim

APEAM Jr.


  • Mirelly Lacerda Pinheiro
  • Andressa de Souza
  • Luciana Müller

Conselho Fiscal


  • Guilherme Augusto Garcia Geronasso/João Gomes/Tiago Martins Bacovis – Conselheiros titulares
  • Thiago Bana Schuba/Marcelo Lentini Ribas/Lais Ribas – Conselheiros suplentes
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