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O evento online “Me Formei, e Agora?” é sucesso entre estudantes e recém formados

Na Semana Mundial do Meio Ambiente, que ocorreu entre 1º e 5 de junho de 2020, as associações de engenheiros ambientais do estado do Paraná (APEAM, ACSPEA, ANPEA, AOPEA e ASPEA) promoveram o evento ME FORMEI, E AGORA? abordando as diversas áreas e modalidades de atuação do profissional de engenharia ambiental.

 

Durante a semana, profissionais convidados compartilharam sobre suas trajetórias e escolhas profissionais em bate-papos divididos por temas – consultoria, setor privado, setor público, projetos socioambientais, ensino e pesquisa e experiências no exterior. Em cada bloco, foram reunidos em torno de cinco profissionais em uma mesa virtual, que apresentaram em 15 minutos sua história na engenharia ambiental, eles ainda trocaram ideias sobre as áreas de atuação, responderam perguntas do público e deram dicas sobre como se tornar um profissional competente. Esse novo formato de evento, totalmente online e transmitido via canal da APEAM no YouTube arrancou elogios mesmo do público mais experiente e exigente. Alguns dos principais pontos destacados do evento pelos participantes foram:

 

O chat possibilitando a interatividade de todos e a dinâmica de ser realmente um bate-papo e não em forma de palestra.

 

Os horários estabelecidos estavam ótimos, áudio e a qualidade da imagem excelente, plataforma usada foi de fácil acesso, profissionais super qualificados, histórias e trajetória lindas e inspiradoras...”

 

A pluralidade de carreiras seguidas pelos convidados. Por mais que eles estivessem dentro do mesmo “tema”, a trajetória percorrida por eles nem sempre era a mesma. Então foi muito interessante perceber que não existe uma fórmula pronta, e que não tem o certo ou errado

 

O objetivo inicial das associações era motivar e orientar um público específico, estudantes e recém formados, que atualmente estão iniciando sua carreira e muitas vezes encontram-se desmotivados com os horizontes apresentados durante a graduação. Entretanto, o alcance foi muito maior do que o esperado, o evento também foi  acompanhado por engenheiros já há algum tempo no mercado de trabalho que receberam o link das transmissões. 

 

A gerência de eventos da APEAM recebeu diversos comentários sobre como os bate-papos foram inspiradores e cheios de conteúdo de qualidade, motivando desde estudantes ainda na graduação até profissionais já atuantes e com carreiras bem definidas. Além disso, foi também uma ótima experiência para os próprios profissionais convidados, que puderam revisitar momentos importantes na construção de sua carreira. Mesmo diante de muitos obstáculos, como medo, mudança de cidades,  crises políticas e econômicas no país, e o longo trajeto percorrido até agora, a motivação desses engenheiros e engenheiras ambientais não se apagou. Independente de área e forma de atuação, os convidados apresentaram de maneira orgânica um brilho nos olhos ao narrar sua trajetória, demonstrando que a paixão pelo que se faz é um combustível importante para seguirmos fortes na vida profissional, na engenharia ambiental e em tempos de crise.

 

Parabéns APEAM, foi um evento incrível e motivador para todos! Eu por exemplo, durante a graduação, sempre senti falta de ver realmente Engs. Ambientais atuando na área, trabalhando no seu dia-a-dia ou contando experiências, e através deste evento tive esta oportunidade! Foi realmente muito legal, abriu muito meus olhos para diversas áreas que poderei atuar depois de formada.”


Parabéns para toda a APEAM pela realização do evento. Enquanto estudante, eu fico muito grato pela experiência incrível que este evento me proporcionou. Não é com frequência que temos materiais que retratam as atividades e as demandas do mercado de trabalho para engenheiros ambientais, o que torna a atuação de vocês muito necessária não apenas para estudantes mas também para toda a sociedade. Creio que, assim como eu, muitos estudantes estejam mais animados para seguir nessa carreira tão ampla, tão multidisciplinar e tão fascinante que é a engenharia ambiental.”

 

De maneira geral, os participantes e profissionais que acompanharam as transmissões puderam expandir sua rede de conexões, se reconectar com colegas de graduação e imergir na proposta de buscar uma carreira de propósito e com significado pessoal como engenheiro ambiental. No último dia, foi realizado um workshop exclusivo para os inscritos no evento com a coach e mentora Danielle Fausto para planejamento de carreira.


Foi incrível! Como recém-formada e com tudo que estamos passando, estava me sentindo desmotivada… Vocês conseguiram voltar o meu brilho nos olhos para a profissão. O Workshop com a Dani foi perfeito, amei tudo. O envio de e-mails também foi ótimo, relembrando a programação do dia, com os links da programação do dia anterior pra quem perdeu online, vocês arrasaram!

 

O evento foi acompanhado por ouvintes de todas as regiões do país, majoritariamente pelo público paranaense (71%) de 45 municípios, seguido dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. A maioria dos participantes foi de estudantes (59%) e profissionais formados há menos de um ano (24%). O evento foi classificado pela maioria como excelente ou ótimo e 100% recomendaria para seus colegas.

 

Mostrou inúmeras áreas de atuação do engenheiro ambiental. Dicas e orientações para a construção da carreira. Mostrou a valorização e a necessidade de engenheiros ambientais no mercado de trabalho.

 

Não posso deixar de parabenizá-los pela organização impecável do evento! Quero parabenizar pela excelente postura no evento! Fiquei extremamente satisfeita com os profissionais enviados

 

Quer participar e acompanhar de perto as atividades da Associação Paranaense dos Engenheiros Ambientais – APEAM?

 

Associe-se à APEAM (clique aqui) e siga nossos perfis no instagram e facebook!



ME FORMEI, E AGORA? – Pós Evento

A APEAM, ACSPEA, ANPEA, AOPEA, ASPEA e FNEAS agradecem a todos que participaram do ME FORMEI, E AGORA? Rodadas de Bate-Papo Sobre as Carreiras na Engenharia Ambiental !

 

Foram 5 dias de evento, mais de 300 inscritos, perto de 3 mil visualizações e mais de 30 profissionais convidados compartilhando sua trajetória, ideias e dicas sobre a atuação do profissional de engenharia ambiental.

 

Uma semana que entrará para a história da engenharia ambiental no Paraná!

 

Se você perdeu ou quer rever algum momento, corre porque os vídeos ficarão disponíveis apenas essa semana.

 

Um resuminho do que tivemos…

 

Na segunda (1º junho)…

….com o primeiro bate-papo da manhã sobre a importância de se ter suas parcerias e ser um profissional resiliente e que tenha em mente a questão da coletividade, do trabalho em equipe.

Não vamos esquecer da atuação do nosso querido Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) e do nosso Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) do Paraná.
A tarde, houve a "reunião" de todas as entidades de classe paranaenses junto a nossa entidade nacional, na qual foram expostas todas as atividades que as associações realizam, quais são seus objetivos, quem são os dinossauros e também, aposto que observaram, o brilho nos olhos desse pessoal em querer compartilhar com os mais novos, os caminhos que eles trilharam e alguns de seus objetivos futuros.

 

Links de acesso:

Manhã

Tarde

 

Na terça (02/06)…

Como foi interessante entender as infinitas possibilidade de se atuar com consultoria não é não?

 

Lá pela manhã, foi mostrado que tem engenheiro que trabalha especificamente no ramo de resíduos sólidos, tem aquele que trabalha com programação, cruzando dados ambientais de 60 colunas por 20.000 linhas, ou geoprocessamento, planejamento de cidades através dos planos municipais, monitoramento ambiental, qualidade do ar, até aquele que coordena equipes multidisciplinares e precisa ter uma visão sistêmica das várias peças do quebra cabeça ambiental.

Você pode atuar como funcionário em uma empresa de consultoria ou ser o próprio dono, aí vale lembrar a importância de se aprimorar em áreas além da engenheira. Você precisará tocar um negócio e ser um empresário, um gestor, negociador, administrador.

 

Ai a tarde, foi a vez da atuação das engenheiras e engenheiros ambientais representantes do setor privado, atuando em grandes indústrias. Duvido que você não ficou com um gostinho de querer por um pézinho dentro do chão da fábrica 🙂 O que foi esse bate-papo? O pessoal compartilhou cada passo de sua história, desde a universidade, a busca pelo primeiro emprego no jornal, a luta contra o medo do desconhecido, a pausa para ir atrás de um sonho e amadurecimento pessoal, até chegarem nos cargos que estão ocupando hoje. Fora as dicas, muitas dicas!

 

Links de acesso:

BATE-PAPO #1 – Consultorias
BATE-PAPO #2 – Setor Privado

 

Na quarta (03/06)…

Todos os dias foram de muita motivação, mas esse dia pode ser resumido na palavra "inspiração".

 

Pela manhã, tivemos uma conversa muuuuuito legal com o pessoal que está no exterior, tanto trabalhando, quanto fazendo pós-graduação. Valeu muito a pena ver como as pessoas chegaram na posição em que estão, como elas se motivaram e foram atrás disso, e também como mantêm essa motivação HOJE, para se desenvolverem como profissionais e um dia, quem sabe trazer todo o conhecimento adquirido para o Brasil. Dicas e ideias foram compartilhadas, a sustentabilidade é o assunto no exterior, e além disso precisamos conhecer o que nos cerca, entender os entraves de mercado e da política, local, regional e internacional.

 

Bom, a tarde, foi a turma dos projetos socioambientais, olha, "vale a pena ver de novo"! Profissionais que dedicaram e dedicam suas vidas a tornar a vida de outras pessoas mais sustentável, com mais qualidade, mais oportunidades, segurança e saúde, além de serem agentes fundamentais na conscientização ambiental. Aplicando seus conhecimentos técnicos e vontade de mudar o mundo  em projetos em localidades específicas, em grupos de discussão nacional e internacional, como representante brasileiro no mundo lá fora, e também no emaranhado mundo político, com muita força levando para discussão questões ambientais que atingem diretamente a qualidade de vida da população, defendendo causas, buscando soluções e melhoramento das políticas públicas.

 

Links de acesso:

BATE-PAPO #3 – Experiências no Exterior

Bônus – Assessora Ambiental na Nova Zelândia


BATE-PAPO #4 – Projetos Socioambientais


 


Na quinta (04/06)….

As rodadas de bate-papo estavam chegando ao seu fim…

 

Apesar do evento estar acabando, os outros dias trouxeram uma inspiração e uma motivação tão grandes, que a vontade de seguir na engenharia ambiental nesse momento só estava aumentando…. A ideia geral era ajudar os estudantes e recém formados a escolherem um caminho a seguir…  mas teve gente que nos comentários dizia que "desse jeito, com tantas atuações, fica difícil de escolher o que fazer APEAM"!!!


Na parte da manhã, o bate-papo foi com os nossas maestras e maestros, os formadores, isso mesmo, as Engenheiras e Engenheiros Ambientais que dedicam suas vidas a FORMAR novos profissionais da engenharia ambiental – as PROFESSORAS e PROFESSORES. E não "só" isso, mas também a pesquisa por novas tecnologias, novo conhecimento e inovação para fortalecer nossa caminhada pelo desenvolvimento sustentável.

E, como vale a pena se dedicar para formar profissionais para o futuro, não é mesmo? A paixão por lecionar e passar adiante muito conhecimento e experiência transbordavam dos nossos convidados.

 

A tarde, tivemos o último bate-papo com a participação de profissionais que hoje estão atuando em órgãos públicos, que conversaram sobre o PAPEL dos profissionais de engenharia ambiental na tradução de conhecimentos técnicos em políticas públicas, em soluções para problemas do nosso dia a dia, na gestão de recursos, na fiscalização de atividades.


Links de acesso:

Bate-Papo #5 Ensino e Pesquisa

Bate-Papo #6 Setor Público

Sexta (05/06)

Se você que viu todas as palestras de todos os outros dias e ficou ainda mais confuso sobre o que quer fazer … porque vamos combinar, são tantas áreas bacanas para um engenheiro ambiental atuar!! Na sexta tivemos um workshop inspirador, apresentando estratégias para que você consiga encontrar o SEU caminho, e apresentando alguns dos PROPÓSITOS dos profissionais de engenharia ambiental 🙂


Isso mesmo, guardem essa palavra, PROPÓSITO, porque é a partir dela que a inspiração e motivação de cada um de vocês virá a partir de agora! Se você quiser conhecer mais, estamos sorteando um livro la na conta da APEAM no instagram (@apeam_pr). O sorteio será na próxima segunda (15/06/20).

 

Link de acesso:

Encerramento

O conteúdo exclusivo do workshop de planejamento de carreira com a coach e mentora Danielle Fausto estará disponível apenas para associados.


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Conta pra gente o que achou do evento e sobre o que mais quer conhecer da engenharia ambiental > questionário de satisfação

O uso racional da água em tempos de escassez hídrica

Comemora-se hoje, dia 5 de junho, o dia Mundial do Meio Ambiente. A data, instituída em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo, tem como objetivo despertar na população a consciência preservacionista, sobretudo em relação à conservação dos recursos naturais.

Neste ano de 2020 chega-se à referida data com grandes desafios a serem vencidos: junto com a pandemia causada pelo novo coronavírus, enfrenta-se, no Brasil, uma das maiores estiagens dos últimos vinte anos.

Sabe-se que a água é um recurso natural renovável, no entanto, sua distribuição espaço-temporal é irregular. Apesar de o volume total de água não mudar, existem muitas variáveis que interferem em sua disponibilidade. Entre elas, cabe destacar a dinâmica do ciclo hidrológico, o aumento da demanda e a poluição por esgotos sanitários e industriais, que gera a chamada escassez “qualitativa”, relacionada a não possibilidade de uso deste recurso em virtude da alteração de suas características físico-químicas e biológicas.

O que se vivencia atualmente é uma crise de quantidade de água, frente aos baixos índices de precipitação ocorridos nos últimos meses, porém acentuada pelo fato de muitos rios atuarem como receptores diretos de dejetos, provenientes das diversas atividades humanas, os quais na maioria das vezes não recebem o tratamento adequado e/ou não atingem os padrões de lançamento definidos nas legislações pertinentes. Há que se pensar em ações conjuntas a serem estabelecidas para diminuir estes riscos, já que a própria degradação do meio ambiente, como um todo, pode interferir nos regimes pluviométricos locais.

Conforme publicações da Agência de Notícias do Paraná, divulgadas no mês de abril deste ano, nove das maiores cidades paranaenses, de quase todas as regiões do Estado, tiveram precipitação abaixo da média histórica entre junho de 2019 e março de 2020. O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná – SIMEPAR, divulgou recentemente, em seus boletins de março e abril, que as chuvas ficaram abaixo das médias históricas, atestando precipitação negativa em praticamente todas as cidades do Paraná.

Diante do contexto, ações vêm sendo tomadas pelos governos estaduais na tentativa de evitar um colapso nos sistemas de abastecimento urbano, agrícola e industrial. No estado do Paraná, o governo decretou, no dia 07 de maio, situação de emergência hídrica por 180 dias.

De acordo com relato do Engenheiro Ambiental Bruno Tonel Otsuka, Gerente de Gestão de Bacias Hidrográficas do Instituto Água e Terra (IAT), a publicação do decreto estadual n°. 4.626/2020 é a primeira de uma série de medidas propostas por um Grupo de Trabalho da atual Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo – SEDEST, intitulado “Sala de Crise”, que reúne várias entidades, incluindo representantes de comitês de bacias hidrográficas, cujo objetivo é articular e planejar ações estratégicas de curto, médio e longo prazo, voltadas à gestão dos recursos hídricos. Otsuka ressalta que, com a publicação do decreto, foi dado encaminhamento para uma maior fiscalização dos usos da água em pontos críticos (como os mananciais) visando especialmente garantir os usos preponderantes, que seriam o abastecimento público e a dessedentação animal (considerando o que sugere a própria Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei n°. 9.433/1997, em situações de escassez).

Otsuka também avalia a importância da reestruturação recente pela qual passou a gestão ambiental do estado, no que se refere a integração de institutos. Frente a uma situação desafiadora que é a crise hídrica, é fundamental que haja agilidade na emissão de outorgas emergenciais  (captação de água superficial e subterrânea e lançamento de esgotos), conexão de dados de monitoramento (hidrológico, meteorológico e fluviométrico) e facilidade de comunicação entre as esferas administrativas. “Desde O início de 2019 a gestão ambiental do estado vem passando por reforma administrativa contundente. Inicialmente teve-se a formação da SEDEST que incorporou a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e a Secretaria Estadual de Turismo. Ocorreu a vinda do SIMEPAR para a SEDEST, com a missão estratégica de trazer ferramentas computacionais e tecnológicas para previsão meteorológica, hidrológica, monitoramento e auxílio na fiscalização ambiental. Em paralelo ocorreu a reforma dos institutos vinculados à SEDEST. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Instituto das Águas e Instituto de Terras, Cartografia e Geologia transformaram-se no Instituto Água e Terra (IAT). Com isso, está sendo possível integrar setores e informações. A outorga de recursos hídricos, por exemplo, agora está integrada ao licenciamento ambiental. Não sai licença prévia ou outro tipo de autorização ambiental sem a avaliação da disponibilidade hídrica (captação, poço ou lançamento de efluentes). Isso é uma novidade no Brasil, o Paraná é pioneiro nesta integração”, complementa o engenheiro ambiental”.

Outro ponto relevante em relação às ações estratégicas para a gestão dos recursos hídricos foi a reativação dos comitês de bacia hidrográfica do estado. “Hoje o Instituto funciona como Agência de Bacia e Secretaria Executiva de todos os comitês de bacia hidrográfica e do Conselho Estadual de Recursos hídricos. São 9 comitês em funcionamento no estado, os quais são órgãos colegiados importantes para a discussão de estratégias e políticas para a gestão de recursos hídricos”, esclarece Otsuka.

Otsuka também comenta sobre alguns dados de vazão dos principais rios paranaenses no mês de abril deste ano. Segundo o engenheiro ambiental “a situação é bastante complicada, com rios próximos ao menor valor de vazão já verificada, desde que iniciado o monitoramento fluviométrico”. Na região de União da Vitória, o Rio Iguaçu, sempre tão imponente, registrou cota de 1,29 metros no mês de abril, o que não era observado desde 1960. “O setor de energia elétrica também vem manifestando preocupação, já que os níveis de armazenamento ao longo do rio Iguaçu (média ponderada) estão abaixo de 15% do armazenamento potencial”, expõe Otsuka. Já em Guarapuava, o Rio das Pedras, principal manancial de abastecimento, registrou cota de 0,32 metros em 28 de abril de 2020 e uma vazão medida de 0,073 m³/s, sendo que sua vazão média é de 8,92 m³/s.  Em um momento como esse, o monitoramento hídrico, pluviométrico e fluviométrico, nos principais rios das bacias paranaenses é fundamental, de modo a agilizar a tomada de decisões prioritárias e a implementação de ações emergenciais.

Indagado sobre a situação do abastecimento público nos municípios de União da Vitória, Guarapuava e Ponta Grossa, o geólogo e chefe da regional da Sanepar de União da Vitória, Bolívar Luiz Menoncin Junior, em entrevista realizada no dia 21 de maio de 2020, explica que as três cidades, felizmente, ainda não estão apresentando problemas. Em um cenário onde a estiagem permaneça por um período de mais um mês, a cidade mais vulnerável, dentre as três citadas, seria Ponta Grossa. Considerando as cidades que compõe cada uma dessas três regionais, Bolívar comenta que, na regional de Guarapuava, os municípios de Laranjeiras do Sul, Pitanga e Pinhão, apesar de atualmente estarem com o abastecimento pleno, correm risco de rodízio se a situação de estiagem perdurar pelos próximos sessenta dias. Na regional de Ponta Grossa, o município de Palmeira já está sob regime de rodízio, sendo que Irati e Prudentópolis também podem vir a adotar tal medida. Já os municípios que compõe a regional de União da Vitória não apresentam expectativa de rodízio. “Em União da Vitória a estratégia adotada foi diminuir o crivo da bomba, para melhorar a captação”, complementa Bolívar.

Com a estiagem, a qualidade da água dos rios também pode ser afetada. O geólogo Bolívar afirma que, com a ausência de chuvas, o carreamento de sólidos em suspensão para os rios é menor, o que diminui a turbidez. Apesar da redução de turbidez ser algo positivo, isso pode induzir a floração de algas, as quais podem ocasionar sabor e odor na água. Entretanto, considerando o período do ano, com temperaturas mais amenas e menor incidência de radiação solar, é pouco provável que este problema atinja os principais rios das três regionais. “Caso algas sejam detectadas, inicia-se imediatamente o uso de carvão ativado no tratamento, removendo o odor e sabor ainda na planta de tratamento”, explica Bolívar.

A crise hídrica também tem impacto no setor industrial e de energia. Mauricy Kawano, mestre em Engenharia Ambiental e Coordenador de Sustentabilidade do sistema FIEP, relata: “Em escala mundial, a indústria tem papel fundamental no uso da água. Indústrias não operam sem dois insumos básicos: água e energia. Contudo, é preciso lembrar que um dos usos múltiplos da água é justamente a produção de energia para o desenvolvimento econômico.  Nesse contexto, é claro que o gerenciamento da água vem se tornando uma questão relevante não só para as indústrias, pois a oferta da água é essencial para a manutenção da vida e das nossas atividades”.

Kawano também reforça a importância do Grupo de Trabalho criado por meio da Portaria IAT n°. 219/2020, o qual vem sugerindo medidas para o uso racional e reuso da água. “Esta proposição de Portaria para criação do Grupo de Trabalho foi elaborada em 2018 pela Fiep e Instituto das Águas do Paraná. A Fiep considera que uso racional deste tão importante recurso que é a água não deve ser somente pauta de momentos de estiagem, mas tem que ser algo presente no dia a dia, pois dentre todos os inúmeros recursos naturais explorados pelo homem, talvez nenhum tenha a importância da água para a manutenção da vida na Terra. Não importa quem somos, o que fazemos, onde vivemos, o que ou o quanto temos. Sem água simplesmente não somos nada, não desenvolvemos nossas atividades, não sobrevivemos”, enfatiza Kawano.

 A precipitação ocorrida no dia 22 de maio de 2020, em todo estado, trouxe um pouco alívio para a população paranaense, frente aos meses de déficit hídrico enfrentados. Porém, isso não significa que as vazões dos rios já normalizaram ou que devamos desperdiçar água. A Política Nacional de Recurso Hídricos estabelece de forma clara que o uso da água deve ser racional e integrado. Por isso, todas as ações governamentais relacionadas à gestão, preservação e disponibilidade deste recurso só serão efetivas se acompanhadas de uso consciente pela sociedade.

A Engenheira Ambiental Cristiane Schappo Wessling, pesquisadora no Lactec, alerta para a necessidade do consumo hídrico consciente: “Pequenas mudanças de comportamento das pessoas, no que diz respeito ao consumo racional da água, precisam ser gradativamente incorporadas no seu dia-a-dia, pois isso contribuirá de forma significativa para que tenhamos água suficiente e com qualidade, seja considerando o atual cenário de crise hídrica, seja em momentos futuros”.

Nessa crise hídrica, já considerada por muitos como uma das maiores ocorridas no estado, que medidas podem ser seguidas pelos cidadãos visando o uso racional da água? Como contribuir para a preservação deste recurso essencial à manutenção da vida? Questionada sobre que atitudes as pessoas podem adotar neste momento, Wessling responde: “A contribuição pode ocorrer de várias formas, desde as mais simples até as mais rebuscadas. Dentre as mais simples, podemos citar as rotinas higiênicas: o fato de se desligar a torneira enquanto se ensaboa no banho já leva a economia de cerca de 80 litros de água! Outra forma refere-se à reutilização da água que seria descartada após a lavagem de roupas na máquina de lavar. Esta água pode ser empregada para limpar uma calçada, por exemplo, evitando desperdiçar água de boa qualidade para fins menos nobres. No que diz respeito às contribuições mais rebuscadas, uma alternativa é implantar na residência um sistema de armazenamento da água da chuva, para irrigação de jardins e limpezas domésticas, por exemplo. Isso diversifica o tipo de fonte, dependendo menos de outras formas de abastecimento de água (companhias de saneamento) e permitindo também maior economia em termos financeiros na conta de água”, explica a engenheira ambiental.

Finalizando, Wessling comenta: “o processo é gradativo para que a sociedade adquira uma cultura mais voltada para a redução do desperdício e consumo consciente. Isso envolve muitos fatores, os quais abrangem tanto os cidadãos como ações governamentais que estimulem estas práticas. Fatos como essa crise hídrica que estamos vivendo reacendem as preocupações e discussões quanto ao uso da água. Entretanto, isso não pode ser esquecido quando (e se) as chuvas retornarem e os níveis dos rios e reservatórios se normalizarem. Promover e incentivar o uso consciente da água deve fazer parte de nossos hábitos hoje e cada vez mais, para que a nossa sobrevivência continue, assim como de todo ecossistema”.

Que no Dia Mundial do Meio Ambiente cada leitor reflita sobre o seu papel na gestão das águas e pratique uma ação que contribua para a sustentabilidade. Finalizando, cita-se uma importante frase atribuída ao professor Carlos Tucci: “A verdadeira crise será sempre gerada pela incapacidade de gerenciar as nossas riquezas dentro de uma visão sustentável”. Pensemos nisso.

 

Esta reportagem foi elaborada pela direção da Associação Centro Sul Paranaense dos Engenheiros Ambientais – ACSPEA. A ACSPEA foi fundada no dia 30/08/2018, em União da Vitória. É formada por Engenheiros Ambientais das regionais de Ponta Grossa e Guarapuava do CREA/PR e suas respectivas inspetorias. Tem como objetivo a valorização do profissional no mercado de trabalho, afim de promover uma maior representatividade em defesa dos interesses dos Engenheiros Ambientais. Todos os Engenheiros Ambientais que atuam na região centro sul do Paraná e acadêmicos do curso de graduação podem se tornar sócios.

Por: Associação Centro Sul Paranaense de Engenharia Ambiental – ACSPEA

Contato

E-mail: acspea42@gmail.com

Instagram: @acspea_pr

Facebook: @acspea.centrosulpr

Fonte: A Rede

ME FORMEI, E AGORA?

Atenção estudantes e recém formados em engenharia ambiental/sanitária no Paraná!

Não sabe pra onde ir e o que fazer depois da formatura? Está desmotivado ou confuso com a atuação profissional na engenharia ambiental?
🤔😟
Será que é só o velho e bom PGRS ou aquele licenciamento ambiental?
Claro que não!!!
Se prepara então para uma onda de conteúdo sobre as possibilidades de atuação do profissional de engenharia ambiental!!
Se inscreva no “ME FORMEI, E AGORA?”, semana de bate-papos organizado pela APEAM e associações regionais do estado do Paraná. Vamos te apresentar as associações de profissionais, o sistema CREA/CONFEA, a infinidade de ramificações da engenharia ambiental e te orientar como planejar uma carreira de sucesso como engenheiro ambiental!

Reuniremos profissionais que já atuam em diferentes setores e áreas de conhecimento para compartilhar experiências. Também teremos um workshop super especial para te ajudar a dar o primeiro passo no mercado de trabalho rumo ao sucesso profissional! 🔝

Ta esperando o que?

Inscrições >>>

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Realização:
APEAM
ANPEA
AOPEA
ASPEA
ACSPEA


Apoio:
CREA-PR

FNEAS

APEAM e Associações Regionais promovem o evento “Me Formei, e Agora?”

A APEAM e as entidades regionais do estado do Paraná promovem evento durante a Semana do Meio Ambiente para orientar estudantes e recém formados quanto as diversas carreiras de atuação na engenharia ambiental.

Atenção estudantes e recém formados em engenharia ambiental/sanitária no Paraná!


Não sabe pra onde ir e o que fazer depois da formatura? Está desmotivado ou confuso com a atuação profissional na engenharia ambiental?
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PROGRAMAÇÃO:




Atuação do IBAMA durante a pandemia de COVID-19

            Na última quinta-feira, dia 14 de maio de 2020, ocorreu a 2a live da APEAM sobre a "Atuação dos Órgãos Ambientais durante a pandemia do COVID-19”, desta vez com o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) no Paraná, Luiz Antônio Corrêa Lucchesi.

            Engenheiro Agrônomo, Luiz Lucchesi é professor da UFPR, foi presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná e da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, e atualmente é membro do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) representando as Instituições de Ensino de Agronomia.

            Lucchesi explicou que no estado do Paraná o IBAMA possui unidades em Curitiba, Paranaguá, Foz do Iguaçu e Londrina, contando com 72 funcionários no total, sendo 43 técnicos de nível superior que se dividem nas demandas do Estado e da sede, em Brasília. Dentre os funcionários do órgão no Estado, não há engenheiros ambientais, segundo ele devido à falta de concursos públicos nos últimos anos.

            Devido à situação provocada pela pandemia de COVID-19, o órgão passou por algumas adaptações, principalmente com relação às reuniões, que se tornaram online, por meio de ferramentas oficiais. Como a maioria dos processos e protocolos do IBAMA já tramitam em formato online, não houve mudanças significativas nesses casos. Os canais de contato com o público se mantêm via telefone e e-mail (confira relação no final da matéria).

            O IBAMA também prorrogou os prazos de entrega de relatórios e validade de licenças ambientais, no entanto isso não exime as empresas de manter seus relatos e monitoramentos dentro das datas estabelecidas como condicionantes ambientais. Como exemplo, a Instrução Normativa nº 12, de 25 de março de 2020, prorrogou o prazo para a entrega do Relatório Anual de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais (RAPP) para 29 de junho de 2020.

            Outras publicações que merecem destaque são a Portaria nº 826/2020 que suspende os prazos processuais por prazo indeterminado nos meios físicos e eletrônicos em trâmite a partir do dia 16 de março de 2020, e a Portaria nº 827/2020 que estabelece as diretrizes quanto à execução de trabalho remoto para o Ministério do Meio Ambiente e suas entidades vinculadas.

            Durante a conversa, foi abordado o artigo 142 da Lei Federal no 6.514 de 2008, que trata sobre a conversão de multas ambientais. Na ocasião, Lucchesi informou que no final de março foi publicado o Processo Administrativo de Seleção de Projetos (PASP) nº 01/2020, destinado a prestação de serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente. Ressalta-se que o papel da APEAM e outras entidades na divulgação do processo para técnicos e empresas apresentarem projetos de serviços ambientais para serem avaliação do IBAMA e aprovação de possíveis conversões de multas.

            Outra novidade apontada é sobre os investimentos que visam otimizar o sistema do Cadastro Técnico Federal (CTF) do Ibama e integrá-lo com outros sistemas por meio de Business Intelligence, a fim de transformar os dados em informação para a sociedade e ajudar na formulação de políticas, sendo o destaque  futuro do CTF e do Relatório de Atividades Potencialmente Poluidoras (RAPP) a certificação de quem está em dia com suas obrigações ambientais.

A conversa foi mediada pelo presidente da Associação, Eng.º Ambiental Luiz Guilherme Grein Vieira e a vice-presidente, Eng.a Ambiental Jéssica de Miranda Paulo e foi acompanhada em tempo real por mais de 200 profissionais e estudantes, que puderam interagir por meio de perguntas realizadas pelo Instagram.

Destaque para a presença dos ex-presidentes da APEAM Renato Muzzolon Jr. e Helder Nocko; do presidente licenciado do CREA-PR Ricardo Rocha e do Coordenador de Sustentabilidade da FIEP Mauricy Kawano.

 

Link da segunda parte da live: https://www.instagram.com/p/CAL51W0lnYc/

 

Contatos:

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É hora de mostrar a que viemos

A incerteza no presente é grande, mas no futuro é ainda maior. Como sairemos dessa pandemia? Não sabemos exatamente, mas teremos que traçar alguns novos caminhos.

Eng. Helder Nocko

Durante a pandemia, temos visto alguns acontecimentos importantes em relação ao meio ambiente. Mas como vai ser daqui pra frente? Tudo voltará ao antigo “normal”? Ou esta situação acenderá um alerta à população de que podemos, sim, utilizar das soluções tecnológicas para reduzir nosso impacto ambiental? E nesse sentido os engenheiros terão que mostrar de fato o poder da engenharia. É a hora de mostrar a que viemos. Engenharia é a arte de resolver problemas. As engenharias que trabalham com o meio ambiente, especialmente a Engenharia Ambiental, terão um grande desafio, mas também uma grande oportunidade.

É imperativo que a infraestrutura seja o grande motor da retomada do crescimento econômico e do aumento de vagas de emprego no país. E, de modo especial, o saneamento básico (abastecimento de água, esgoto sanitário, gestão de resíduos sólidos e drenagem urbana). Nosso papel será de apoiar e propor novas soluções baseadas em projetos de qualidade técnica e, mais do que nunca, viáveis economicamente aos administradores públicos; Não podemos ficar assistindo tudo das nossas cadeiras. Por que não aproveitar um tempo vago e pautar dentro da sua Associação de engenheiros os projetos que existem para a cidade em termos de saneamento básico?

Eng. Luiz Vieira

Outro ponto muito relevante no pós-pandemia é: a regra geral será que toda empresa irá repensar seus gastos, tentando diminuir todos os custos desnecessários e ser mais efetivo, ou seja, maximizar os resultados com menor ou melhor aplicação de recursos financeiros. Essa é outra oportunidade para a engenharia: mostrar que a área ambiental pode trazer ganhos em eficiência. Essa é a hora de trabalharmos para sermos ambientalmente comprometidos, mas também para ajudarmos as empresas a serem mais competitivas financeiramente.

Órgãos ambientais terão que se modernizar, tanto em termos de metodologias para fiscalização e monitoramento ambientais, quanto para avaliação de estudos e, principalmente, geração de dados e informações, que são uma das principais carências da área tecnológica no país. A engenharia ajudará a inserir mais tecnologia nos processos, inteligência artificial, cruzamento de informações, mais processos remotos. E para isso a parceria com o setor de pesquisa das universidades será essencial.

As próprias audiências públicas dos Estudos de Impacto Ambiental terão que evoluir. Por um tempo não ser possível reunir uma grande quantidade de pessoas. Todos os processos com controle social passarão por isso, como os planos diretores, de gestão de resíduos sólidos e de saneamento básico. Para garantir a efetiva participação população, ferramentas de interação remota terão que ser usadas, mesmo com todos os desafios que ainda temos em relação ao acesso a internet por uma camada da população.

Estamos percebendo que o trabalho remoto é viável para diversos setores, e isso reduz deslocamentos, emissões atmosféricas, sobrecarga no sistema de transporte, dentre outros impactos. Reuniões presenciais podem se resumir a uma videoconferência, e até mesmo documentos impressos podem ser substituídos por assinaturas digitais. Ou seja, menos resíduos, menos deslocamentos, menos emissão de poluentes atmosféricos, menos ruídos, menor demanda de serviços públicos, e maior produtividade.

Eng. Eduardo Gobbi

Uma nova economia já começa a ser pensada e concebida. Países como Alemanha e Holanda já anunciam mudanças estruturais. No caso do Brasil os desafios são mais complexos, pois temos ainda muitas demandas por incremento na infraestrutura do país. Importantes mudanças que estarão em curso vão ocorrer com objetivos de conservação da biodiversidade e enfrentamento das mudanças climáticas. Isso acelera os desafios de desenvolvimento de projetos nas áreas de restauração de ecossistemas e energias mais limpas, estabelecendo um mercado crescente para os Engenheiros Ambientais.

Por fim, precisaremos de governantes de fato engajados com a proteção ambiental. De forma pragmática. Vemos que a proteção dos ecossistemas nos ajudará a diminuir a geração de novas pandemias, a termos um clima mais estável. Nos ajudará a ter uma agricultura mais produtiva e ainda mais bem aceita no mercado internacional, assim como produtos industrializados. Não pode haver espaço para disputa ideológica. Temos que entender que é possível se desenvolver economicamente de forma sustentável. E esse é o papel da Engenharia Ambiental. Hora de buscarmos soluções inovadoras e retomarmos o crescimento econômico, mas de forma ambientalmente sustentável.

Helder Rafael Nocko Engenheiro Ambiental, Diretor da EnvEx Engenharia e ex-presidente da APEAM – Associação Paranaense se Engenheiros Ambientais. 

 Luiz Guilherme Grein Vieira Engenheiro Ambiental, Diretor da Ideal Ambiental e Presidente da APEAM – Associação Paranaense se Engenheiros Ambientais. 

 Eduardo Felga Gobbi – Engenheiro Civil, Acadêmico da Academia Paranaense de Engenharia, Professor e Coord. do curso de Eng. Amb.


Fonte: CREA-PR



Atuação do Instituto Água e Terra durante a pandemia de COVID-19

O Diretor Presidente do Instituto Água e Terra (IAT), Everton Souza, participou no último dia 23 (quinta-feira) de uma live promovida pela Associação Paranaense dos Engenheiros Ambientais (APEAM), abordando o tema “Atuação dos órgãos ambientais durante a pandemia de COVID-19”.

Foram debatidos diversos temas durante a transmissão, que teve como principais objetivos a aproximação dos profissionais com o principal órgão executor e fiscalizador das políticas ambientais do Estado do Paraná e o esclarecimento quanto a sua atuação durante a pandemia de COVID-19, que trouxe impactos diretos a diversas atividades.

Em sua fala, Everton enalteceu a importância da presença de engenheiros ambientais nos órgãos ambientais, fato comprovado pela quantidade de profissionais que ocupam cargos de confiança no Instituto atualmente.

Para o diretor, a missão do órgão ambiental é utilizar o nosso patrimônio natural a favor da qualidade de vida da população, aqui no Paraná temos muito sol, água subterrânea, floresta, solo fértil e mesmo com a atual estiagem, historicamente, há água bem distribuída pelo estado, recursos que devem ser utilizados de forma adequada para melhoria das condições de vida dos paranaenses e brasileiros.

 Como funcionário de carreira do Estado, Everton ressaltou as mudanças que ocorreram nos últimos anos na administração pública, principalmente com a incorporação do ITCG e Águas Paraná ao IAP, e posteriormente a mudança no nome do Instituto. Segundo ele, o principal objetivo da reestruturação foi diminuir a burocracia e agilizar o atendimento e integração dos processos comuns entre os órgãos. Atualmente, de acordo com o diretor, a integração entre as pessoas está fluindo, no entanto, ainda faltam ajustes para promover a integração digital adequada.

Foi destacado ainda que os principais instrumentos que aproximam o Instituto da comunidade são o licenciamento ambiental e outorga de uso de recursos hídricos. Buscando melhorias para a informatização destes e demais processos, foi criado um núcleo de inteligência digital pela atual gestão do governo, que incorporou pessoal capacitado para buscar novas soluções para os sistemas existentes como o SGA, e desenvolvimento de novas ferramentas, como o SIGAR, que será lançado em breve.

Futuramente, segundo Everton, o órgão terá a disposição sistema que possa realizar de forma única as solicitações de licenciamento e outorga para um mesmo empreendimento. Além disso, abrangerá atividades que hoje estão de fora do sistema, como de saneamento e energia.

Em relação a sede física do novo Instituto, o Diretor-Presidente ainda comentou que há possibilidade de construção/reforma de um espaço único abrigando toda a estrutura da SEDEST e IAT, que atualmente encontram-se dispersas em várias regiões de Curitiba.


Ações do Instituto durante a pandemia de COVID-19

A pandemia de COVID-19 trouxe consigo a necessidade de adaptação da rotina diária em diversas atividades, dentre elas do funcionamento do Instituto Água e Terr, órgão fiscalizador e executor da nossa Política Ambiental. Para enfrentar esta situação, o Diretor-Presidente elencou algumas medidas tomadas:

 

  • Prorrogação de TODOS os prazos do órgão por 30 dias a partir de 30 de maio (com possibilidade de novas prorrogações);
  • Afastamento dos técnicos enquadrados no grupo de risco, que são inclusive a maioria do corpo técnico de carreira;
  • Possibilidade de “home-office” para os funcionários;
  • Transferência dos telefones de atendimento para o celular de técnico (sistema “siga-me”);
  • Suspensão do atendimento ao público.
  • Possibilidade de contato com os técnicos através dos e-mails e sistema E-Protocolo;

O diretor afirmou que a fiscalização e as vistorias foram prejudicadas neste período devido ao afastamento de alguns funcionários (grupo de risco), e pediu colaboração às empresas, consultores e profissionais no cumprimento da legislação ambiental. O bom senso e a boa fé devem prevalecer sempre a fim de garantir a saúde da população e qualidade do meio onde vivemos.

Everton ressaltou que as empresas NÃO estão desobrigadas a dar continuidade aos planos e programas de controle ambiental  periódico para cumprimento das condicionantes das licenças e outorgas, devendo manter suas campanhas durante a pandemia para evitar sanções futuras.

A conversa foi mediada pelo presidente da Associação, Eng.º Ambiental Luiz Guilherme Grein Vieira, e foi acompanhada em tempo real por mais de 200 profissionais e estudantes, que puderam interagir por meio de perguntas realizadas pela plataforma iG.

Destacamos a presença dos ex-presidentes da APEAM Renato Muzzolon Jr. e Helder Nocko; do presidente licenciado do CREA-PR Ricardo Rocha e do Coordenador de Sustentabilidade da FIEP Mauricy Kawano.

Em breve outros assuntos debatidos na live serão detalhados por aqui! Confira as próximas notícias e fique por dentro da atuação do IAT no estado!

 

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Associação Paranaense de Engenheiros Ambientais – APEAM
Gestão 2020 – 2022

APEAM realiza Assembleia Extraordinária para discutir o concurso do Instituto Água e Terra do Paraná

A Associação Paranaense de Engenheiros Ambientais (APEAM) realizou no dia 27 de fevereiro de 2020, na Sede Regional Curitiba do CREA-PR, a primeira Assembleia Geral Extraordinária do corrente ano, com pauta exclusiva sobre o Edital nº 29/2020 do Instituto Água e Terra, o qual não contemplou vagas para profissionais engenheiros ambientais.

Estiveram presentes no encontro o Presidente da APEAM, Eng.º Ambiental Luiz Guilherme Grein Vieira, o Presidente licenciado do CREA-PR, Eng.º Civil Ricardo Rocha, o Gerente Jurídico da APEAM, Eng.º Ambiental e Advogado Igor Rayzel e o Chefe de Gabinete da SEDEST, Eng. Civil Amílcar Cavalcante Cabral, demais membros da Diretoria Executiva e Gerências da APEAM, e associados da entidade. Destaque para a presença dos ex-presidentes da APEAM Eng.º Ambiental Helder Rafael Nocko e Eng.º Ambiental Renato Muzzolon Jr. A Assembleia foi transmitida ao vivo pela página da APEAM no Facebook, com participação de profissionais de todo o Estado.

Ricardo Rocha ressaltou a importância da atuação da APEAM, que durante as várias gestões cobrou a realização de concurso público para o atual Instituto de Água e Terra do Paraná (antigo IAP, ITCG e Águas Paraná) com a participação de engenheiros ambientais. Nesse sentido, Ricardo salientou que as gestões do CREA-PR reforçaram tal cobrança, defendendo a renovação do quadro de profissionais dos órgãos ambientais do estado. Além disso, reforçou seu apoio às demandas da associação e de suas associações regionais, colocando a engenharia ambiental como uma força renovadora dentro do conselho.

O Chefe de Gabinete da SEDEST, Amílcar Cabral, comentou sobre a mudança administrativa na SEDEST, dentro de uma proposta reformista nas secretarias do Estado, incluindo a união das áreas de meio ambiente, recursos hídricos e turismo, de forma a potencializar as atividades de desenvolvimento sustentável do Paraná, orientado pelos prismas ambiental e socioeconômico. Segundo Amilcar, desde 1988 não é realizado um concurso público para suprimento de vagas em órgãos ligados ao meio ambiente no Paraná, havendo diversas tentativas infrutíferas de realização do certame durante estes mais de 30 anos.

Amílcar relatou que a SEDEST solicitou inicialmente 170 vagas para o Concurso Público, e que a princípio a Secretaria não tinha conhecimento da inexistência da função de Engenheiro Ambiental no Quadro Próprio de Profissionais do Estado (QPPE). A Secretaria de Administração (SEAP) retornou a solicitação aprovando o concurso, porém sem contemplar vagas para Engenheiro Ambiental e Turismólogo, previstas inicialmente.A Lei Estadual nº 20.080/2019 que inclui a função de Engenheiro Ambiental do cargo de Agente Profissional do QPPE foi publicada apenas em dezembro de 2019, após a contratação da banca organizadora do referido concurso. Por tal motivo, não houve tempo hábil para inclusão dos profissionais nessa etapa.

Segundo o Chefe de Gabinete, tendo em vista esses fatores, a SEDEST comprometeu-se em realizar uma segunda etapa do concurso. Serão então abertas vagas para Engenheiros Ambientais, e com a estimativa de nomeação de até 20 profissionais. Amilcar também destacou que existe a possibilidade de mais vagas para os Engenheiros Ambientais, além das vagas para Agente Profissional, que ainda serão tratadas em um novo concurso específico para Agente de Fiscalização.

Amílcar ressaltou que para que o Instituto Água e Terra seja referência no licenciamento ambiental, fiscalização, e outras atividades, é imprescindível a contratação desses profissionais e que a SEDEST vai trabalhar para que isso ocorra o mais rapidamente possível.

Após os posicionamentos das autoridades presentes, o Gerente Jurídico Igor Rayzel, Engenheiro Ambiental e Advogado, expôs algumas possíveis ações que poderiam ser tomadas para a APEAM e os riscos inerentes a elas. Diante das informações expostas por Igor, os associados decidiram por não entrar com mandado de segurança para impugnação do edital e aguardar pela segunda fase do concurso público, contemplando vagas para Engenheiros Ambientais.

Cabe mencionar que devido à pandemia da COVID-19, no final do mês de março, os concursos públicos do Estado do Paraná foram suspensos, e por consequência, o referido edital foi adiado, ainda sem previsão de uma nova data para sua realização.

A APEAM continuará empenhando esforços para a inclusão da função de Engenheiro Ambiental em Concurso Público do principal órgão ambiental do estado, o Instituto Água e Terra, e assim, garantir o direito ao livre exercício da profissão e a busca por uma sociedade economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente equilibrada.


Associação Paranaense de Engenheiros Ambientais – APEAM

Gestão 2020 – 2022

 

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